É pela graça que estão salvos, mediante a fé. E isto não é mérito vosso, é dom de Deus.
(Efésios 2:8)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

terça-feira, 30 de outubro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Que graça defendemos nós?

Texto retirado do livro «El precio de la Gracia» de Dietrich Bonhoeffer (pastor e teólogo alemão)

“A graça "barata" é o inimigo mortal da nossa Igreja. Hoje, nós lutamos pela graça cara.

A graça barata é a graça que é considerada como uma mercadoria, é o perdão que é desperdiçado, o consolo que é desperdiçado, o sacramento que é desperdiçado, é a graça como armazém inesgotável da Igreja, de onde a colhem mãos imprudentes para a distribuir sem hesitação nem limites; é a graça sem preço, que não custa nada. Porque se diz que, de acordo com a natureza da graça, a factura foi paga antecipadamente para sempre. Graças a essa factura já ter sido paga podemos ter tudo de forma gratuita. As despesas cobertas são infinitamente grandes e, portanto, as possibilidades de utilização e de desperdício são igualmente infinitamente grandes. Além disso, o que seria uma graça que não fosse graça barata?

A graça barata é a graça como doutrina, como princípio, como sistema, é considerar o perdão dos pecados como uma verdade universal, é o amor de Deus interpretado como uma «ideia» cristã de Deus. Quem afirma essa graça possui já o perdão dos seus pecados. A Igreja que defende essa doutrina participa já dessa graça devido à sua própria doutrina. Nessa Igreja, o mundo encontra um véu barato que serve para encobrir os seus pecados, dos quais não se arrepende e dos quais não deseja libertar-se. Por isso, a graça barata é a negação da palavra viva de Deus, é a negação da encarnação do Verbo de Deus.

A graça barata é a justificação do pecado e não do pecador. Uma vez que a graça faz tudo por si própria, as coisas devem permanecer como antes. «Todas as nossas obras são em vão». O mundo continua a ser mundo e nós continuamos a ser pecadores «mesmo quando vivemos uma vida melhor». Que o cristão viva como o mundo, que se assemelhe em tudo a ele e que não procure (sob pena de cair na heresia do iluminismo), levar uma vida diferente debaixo da graça da vida que leva quando vive debaixo do pecado. Que se guarde de se enfurecer contra a graça, de se burlar da graça imensa, barata, e de reintroduzir a escravatura à letra tentando viver em obediência aos mandamentos de Jesus Cristo. O mundo está justificado pela graça, por isso, por causa da seriedade dessa graça, para não colocar resistência a esta graça insubstituível, o cristão deve viver como o resto do mundo.

O cristão gostaria de fazer algo de extraordinário; não o fazer, mas ver-se obrigado a viver mundanamente é a renúncia mais dolorosa. Contudo, tem de levar a cabo esta renúncia, negar-se a si mesmo, não se distinguir do mundo no seu modo de vida. Deve deixar que a graça seja realmente graça, afim de não destruir a fé que tem o mundo nesta graça barata. Mas na sua mundanidade, nessa renúncia necessária que deve aceitar por amor ao mundo, ou melhor, por amor à graça, o cristão deve estar tranquilo e seguro na possessão dessa graça que faz tudo por si própria. O cristão não tem de seguir a Jesus, basta consolar-se com essa graça. Essa é a graça barata como justificação do pecado, mas não do pecador arrependido, do pecador que abandona o seu pecado e se converte; não é o perdão dos pecados o que nos separa do pecado. A graça barata é a graça que temos por nós próprios.

A graça barata é a pregação do perdão sem arrependimento, do baptismo sem disciplina eclesiástica, da comunhão sem confissão dos pecados, da absolvição sem confissão pessoal. A graça barata é a graça sem seguir Cristo, a graça sem a cruz, a graça sem Jesus Cristo, vivo e encarnado.

A graça cara é o tesouro escondido no campo, por amor do qual o homem vai e vende tudo o que tem, com alegria; é a pérola preciosa, pela qual o comerciante dá todos os seus bens; o senhorio de Cristo, pelo qual o homem arranca o olho que escandaliza; o chamamento de Jesus Cristo, que leva o discípulo a deixar as suas redes e segui-lo.

A graça cara é o Evangelho, que se deve sempre procurar de novo. É cara porque nos chama a seguir, é graça porque chama a seguir Jesus Cristo; é cara porque o homem a adquire com o preço da própria vida, é graça porque lhe doa a vida; é cara porque condena o pecado, é graça porque justifica o pecador. Sobretudo, a graça é cara porque custou muito a Deus; porque custou a Deus a vida do próprio Filho, «fostes adquiridos por um grande preço», e porque o que foi caro para Deus não pode ser barato para nós. É graça, sobretudo, porque Deus não considerou muito caro o seu Filho para resgatar a nossa vida, mas entregou-o por nós. Graça cara é a encarnação de Deus.

A graça cara é a graça como um santuário de Deus que há que proteger do mundo, que não pode ser entregue aos cães; portanto, é a graça como palavra viva, a palavra de Deus que ele mesmo pronuncia quando mais lhe agrada. Esta palavra vem até nós na forma de uma chamada misericordiosa de seguir Jesus, apresenta-se ao espírito angustiado e ao coração abatido como uma palavra de perdão. A graça é cara porque obriga o homem a submeter-se ao jugo de seguir Jesus Cristo, mas é uma graça que Jesus diga: «O meu jugo é suave e o meu fardo é leve».”

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Relato da Crucifixão de Jesus


Um relato pelo Dr. Barbet (médico francês) dos sofrimentos de Jesus:

NO GETSÊMANI (Lucas 22.44)

Jesus entrou em agonia no Getsêmani e o seu suor tornou-se em gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relato o facto é um médico, Lucas. E faz isso com a decisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.

O terror, o susto, a angústia terrível de sentir que carregava todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue mistura-se com o suor e concentra-se sobre a pele e então escorre por todo o corpo até a terra.

A FLAGELAÇÃO E A COROA DE ESPINHOS (Lucas 23.1-25, João 19.1-17)

Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romanos e Herodes. Pilatos cede e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e prendem-no pelos pulsos a uma coluna do pátio.

A flagelação efectua-se com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado e de diferentes estaturas. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele dilacera-se e rompe-se; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage num sobressalto de dor. As forças esvaem-se; um suor frio impregna-lhe a fronte, a cabeça gira numa vertigem de náusea, calafrios correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia numa poça de sangue.

Depois, o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e aplicam-lho sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).

A CAMINHADA ATÉ O CALVÁRIO (Lucas 23.26-32)

Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado á multidão feroz, entrega-o para ser crucificado.

Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da cruz; pesa uns 50 quilos. A estaca vertical já está colocada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados puxam-no com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga escapa-se-lhe, escorrega e esfola-lhe o dorso.

Finalmente, para ganhar tempo, os soldados escolhem um homem na multidão, Simão, que vinha do campo, e colocam-lhe a estaca sobre suas costas, para que a levasse após Jesus.

A CRUCIFICAÇÃO (Lucas 23.33-49, João 19.18-37)

Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere á carne viva; ao levarem a túnica laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas. Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.

Jesus é deitado de costas, as suas chagas incrustam-se de pó e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado), apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo furam-no e rebatem-no sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro.

A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contacto com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo vai esticar fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará horas.

O carrasco e o seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocam-no primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, encostam-no na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical.

Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam as pontadas agudas de dor.

Pregam-lhe os pés.

AS HORAS NA CRUZ

Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. O seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semiaberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, queima-o, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado estende sobre a ponta de uma vara uma esponja embebida em bebida ácida em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz.

Um estranho fenómeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contracção que vai se acentuado: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos encurvam-se. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdómen enrijecem em ondas imóveis; em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço e os respiratórios.

A respiração faz-se, pouco a pouco, mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, o seu rosto pálido pouco a pouco torna-se vermelho, depois transforma-se num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita.

Mas o que acontece? Lentamente, com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, eleva-se aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax distendem-se. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões esvaziam-se e o rosto recupera a palidez inicial. Porquê este esforço? Porque Jesus quer falar: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo de seguida o corpo começa a afrouxar de novo e a asfixia recomeça.

Foram transmitidas sete frases pronunciadas por Ele na cruz: cada vez que quer falar, devera elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Que tortura!

Atraídas pelo sangue que escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem ao redor do seu corpo, mas Ele não pode enxotá-las. Pouco depois, o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, arrancam-lhe um lamento: "Deus meu, Deus meu, porque me abandonastes?". Jesus dá seu último suspiro: "Está tudo consumado!", e em seguida, "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. Em meu lugar e no teu.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo

Retirado de http://www.monergismo.com/textos/credos/28artigos.htm

Os Vinte e oito artigos da "BREVE EXPOSIÇÃO DAS DOUTRINAS FUNDAMENTAIS DO CRISTIANISMO" foram lavrados pelo Dr. Robert Reid Kalley e aprovados em 02 de julho de 1876 e este documento, de memorável valor histórico, consagrou-se como síntese doutrinária das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.

Art. 1º - Do Testemunho da Natureza quanto à Existência de Deus
Existe um só Deus(1), vivo e pessoal(2); suas obras no céu e na terra manifestam, não meramente que existe, mas que possui sabedoria, poder e bondade tão vastos que os homens não podem compreender(3); conforme sua soberana e livre vontade, governa todas as coisas(4).

(1) Dt.6:4; (2) Jr 10:10; (3) Sl 8:1; (4) Rm 9:15,16

Art. 2º - Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e do Homem
Ao testemunho das suas obras Deus acrescentou informações(5) a respeito de si mesmo(6) e do que requer dos homens(7). Estas informações se acham nas Escrituras do Velho e do Novo Testamento(*) nas quais possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o Criador, e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder nesta vida(8).

(5) Hb 1:1; (6) Ex 34-5-7; (7); II Tm.3.15,16; (8); Is.8.19,20.
(*) Os livros apócrifos não são parte da Escritura devidamente inspirada.
Art. 3º - Da Natureza dessa Revelação
As Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus(9). Seu valor é incalculável(10), e devem ser lidas por todos os homens(1).


(9) II Pe 1:19-21; (10) Rm 3:1,2. (1) Jo 5:39.
Art. 4º - Da Natureza de Deus
Deus o Soberano Proprietário do Universo é Espírito(2), Eterno(3), Infinito(4) e Imutável(5) em sabedoria(6), poder(7), santidade(8), justiça(9), bondade(10) e verdade(1).


(2) Jo 4:24; (3) Dt 32:40; (4) Jr 23:24; (5) Ml 3; (6) Sl 146:5; (7) Gn 17:1; (8) Sl 144:17; (9) Dt 32: 4; (10) Mt 19:17; (1) Jo 7:28.
Art. 5º - Da Trindade da Unidade
Embora seja um grande mistério que existam diversas pessoas em um só Ente, é verdade que na Divindade exista uma distinção de pessoas indicadas nas Escrituras Sagradas pelos nomes de Pai, Filho e Espírito Santo(2) e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele, empregados por Elas, mutuamente entre si(3).


(2) Mt 28:19: (3) Jo 14:16,17
Art. 6º - Da Criação do Homem
Deus, tendo preparado este mundo para a habitação do gênero humano, criou o homem(4), constituindo-o de uma alma que é espírito(5), e de um corpo composto de matérias terrestres(6). O primeiro homem foi feito à semelhança de Deus(7), puro, inteligente e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras criaturas deste mundo(8).


(4) Gn 1:2-27; (5) Ec 12:7; (6) Gn 2:7; (7) Gn 1:26,27; (8) Gn 1:28

Art. 7º - Da Queda do Homem
O homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz(9), mas tentado por um espírito rebelde (chamado por Deus, Satanás), desobedeceu ao seu Criador(10); destruiu a harmonia em que estivera com Deus, perdeu a semelhança divina; tornou-se corrupto e miserável, deste modo vieram sobre ela a ruína e a morte(1).


(9) Gn 1:31; (10) Gn 2: 16,17; (1) Rm 5:12.

Art. 8º - Da Conseqüência da Queda
Estas não se limitam ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a pobreza, a desgraça a inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que Deus manda(2); por conseqüência todos pecam, todos merecem ser condenados, e de fato todos morrem(3).


(2) Sl 50:7; (3) I Co 15:21

Art. 9º - Da Imortalidade da Alma
A alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador a uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado e gozar da mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e horror e sofrer agonias tais, que mais quereria acabar do que continuar a existir(4); o pecado da rebelião contra o seu Criador, merece para sempre esta miséria, que é chamada por Deus de segunda morte(5).


(4) Lc 16:20-31; (5) Ap 21:8

Art. 10º - Da Consciência e do Juízo Final
Deus constituiu a consciência juiz da alma do homem(6). Deu-lhes mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos(7), mas reservou para si o julgamento final, que será em harmonia com seu próprio caráter(8). Avisou aos homens da pena com que com punirá toda injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao seu governo(9); cumprirá suas ameaças, punindo todo pecado em exata proporção à culpa(10).


(6) Rm 2:14,15; (7) Mt. 22:36-40; (8) Sl 49:6; (9) Gl 3:10; (10) II Co 5:10

Art. 11º - Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus
Deus vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com que os homens lhe retribuem seus benefícios e o castigo que merecem(1), cheio de misericórdia compadeceu-se deles; jurou que não desejava a morte dos ímpios(2); além disso, tomou-os e mandou declarar-lhes, em palavras humanas, sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores nem com tais palavras se importavam, ele lhes deu a maior prova do seu amor(3) enviando-lhes um salvador que os livrasse completamente da ruína e miséria, da corrupção e condenação e os restabelecesse para sempre no seu favor(4).


(1) Hb 4:13; (2) Ez 33:11; (3) Rm 5:8,9; (4) II Co 5: 18-20.

Art. 12º - Da Origem da Salvação
Esta Salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque está perfeitamente em harmonia com seu caráter) procede do infinito amor do Pai, que deu seu unigênito Filho para salvar os seus inimigos(5).


(5) I Jo 4:9

Art. 13º - Do Autor da Salvação
Foi adquirida, porém, pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu sangue(6), pois tomou para Si um corpo humano e alma humana(7) preparados pelo Espírito Santo no ventre de uma virgem(8); assim, sendo Deus e continuando a sê-Lo se fez homem(9). Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens(10), como se conta nos evangelhos, cumpriu todos os preceitos divinos(1) e sofreu a morte e a maldição como como o substituto dos pecadores(2), ressuscitou(3) e subiu ao céu(4). Ali intercede pelos seus remidos(5) e para valer-lhes tem todo o poder no céu e na terra(6). É nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo(7), que oferece, de graça, a todo o pecador o pleno proveito de sua obediência e sofrimentos, e o assegura a todos os que, crendo nEle, aceitam-no por Seu Salvador(8).


(6) I Pe1:18,19; (7) Hb 2:14; (8) Mt 1:20; (9) Jo 1:1,14; (10) At 10:38; (1) I Pe 2:22; (2) Gl 3:13; (3) Mt 28:5,6; (4) Mc 16:19; (5) Hb 7:25; (6) Mt 28:18; (7) At 5:31; (8) Jo 1:14.

Art. 14º - Da Obra do Espírito Santo no Pecador
O Espírito Santo enviado pelo Pai(9) e pelo Filho(10), usando das palavras de Deus(1), convence o pecador dos seus pecados e da ruína(2) e mostra-lhe e excelência do Salvador(3), move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiar em Jesus Cristo. Assim produz uma grande mudança espiritual chamada nascer de Deus(4). O pecador nascido de Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna e goza das bênçãos da Salvação(5).


(9) Jo 14:16,26; (10) Jo 16:7; (1) Ef 6:17; (2) Jo 16:8; (3) Jo 16:14; (4) Jo1:12,13; (5) Gl 3:26

Art. 15º - Do Impenitente
Os pecadores que não crerem no Salvador e não aceitarem a Salvação que lhes está oferecida de graça, hão de levar a punição de suas ofensas(6), pelo modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus(7).


(6) Jo 3:36; (7) II Ts 1: 8,9

Art. 16º - Da Única Esperança de Salvação
Para os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe por vir além da morte um raio de esperança(8). Deus não deparou remédio para os que, até o fim da vida neste mundo, perseveraram nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alívio(9).


(8) Jo 8:24; (9) Mc 9:42,43

Art. 17º - Da Obra do Espírito Santo no Crente
O Espírito santo continua a habitar e a operar naquele que faz nascer de Deus(10); esclarece-lhe a mente mais e mais com as verdades divinas(1), eleva e purifica-lhe as afeições adiantando nele a semelhança de Jesus(2), estes fruto do espírito são prova de que passaram da morte para a vida, e que são de Cristo(3).

(10) Jo 14:16,17; (1) Jo 16:13; (2) II Co 3:18; (3) Gl 5:22,23

Art. 18º - Da União do Crente com Cristo e do Poder para o Seu Serviço.
Aqueles que tem o Espírito de Cristo estão unidos com Cristo(4), e como membro do seu corpo recebem a capacidade de servi-Lo(5). Usando desta capacidade, procuram viver, e realmente vivem, para a glória de Deus, seu Salvador(6).

(4) Ef 5:29,30 ( 5) Jo 15:4,7 (6) I Co 6:20

Art. 19º - Da União do Corpo de Cristo
A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma(7) só e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor(8), os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo(9), para serem chamados e convertidos nesta vida e glorificados durante a eternidade(10).


(7) Ef 3:15; (8) I Co 12:13; (9) Ef 1:11; (10) Rm 8: 29,30.

Art. 20º - Dos Deveres do Crente
É obrigação dos membros de uma Igreja local, reunirem-se(1) para fazer oração e dar louvores a Deus, estudarem sua Palavra, celebrarem os ritos ordenados por Ele, valerem um dos outros e promoverem o bem de todos os irmãos; receberem(2) entre si como membros aqueles que o pedem e que parecem verdadeiramente filhos de Deus pela fé; excluírem(3) aqueles que depois mostram a sua desobediência aos preceitos do Salvador que não são de Cristo; e procurarem o auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus passos(4).

(1)Hb 10:25; (2) Rm 14:1; (3) I Co 5:3-5; (4) Rm 8:5,16.

Art. 21º - Da Obediência dos Crentes
Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo(5), recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos(6) e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se si acharem salvos de graça(7).


(5) Ef 2:8,9; (6) I Jo 5:2,3; (7) Tt 3:4-8.

Art. 22º - Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do Espírito
Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecerem sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo(8), que é o Mestre(9), Pontífice(10) e Único Cabeça de sua Igreja(1); mas como Governador de sua casa(2) estabeleceu nela diversos cargos(3) como de Pastor(4), Presbítero(5), Diácono(6), e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos próprios, aos que ele quer para cumprirem os deveres desses ofícios(7), e quando existem devem ser reconhecidos pela igreja e preparados e dados por Deus(8).


(8) I Pe 2:5-9; (9) Mt 23:8-10; (10) Hb 3:1; (1) Ef. 1:22; (2) Hb 3:6; (3) I Co 12:28; (4) Ef 4:2; (5) I Tm 3:1-7; (6) I Tm 3: 8-13; (7) I Pe 5:1; (8) Fl 2:29.

Art. 23º - Da Relação de Deus para com Seu Povo
O Altíssimo Deus atende as orações(9) que, com fé, e, em nome de Jesus, único Mediador(10) entre Deus e os homens, lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os louvores(1) e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus(2).


(9) Mt 18:19; (10) I Tm 2:5; (1) Cl 3:16,17; (2) Mt 25:40,45; (3) Hb 10:1; (4) At 10:47,48; (5) Mt 26:26-28.
Art. 24º - Da Cerimônia e dos Ritos Cristãos
Os ritos judaicos, divinamente instruídos pelo Ministério de Moisés , eram sombras dos bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram(3): os ritos cristãos são somente dois: o batismo com água(4) e a Ceia do Senhor(5).


Art. 25º - Do Batismo com Água
O batismo com água foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador , quando envia o Espírito Santo para regenerar o pecador(6). Pela recepção do batismo com água, a pessoa declara que aceita os termos do pacto em que Deus assegura as bênçãos da salvação(7).


(6) Mt. 3:11; (7) At 2:41

Art. 26º - Da Ceia do Senhor
Na Ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi morto e o sangue derramado no Calvário(8); participar do pão e do vinho representa o fato de que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isso em memória do Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto a sua fé, seu amor e o seu procedimento(9).


(8) I Co 10:16; (9) I Co 11:28,29.

Art. 27º - Da Segunda Vinda do Senhor
Nosso Senhor Jesus Cristo virá do céu como homem(10), em Sua própria glória(1) e na glória de Seu Pai(2), com todos os santos e anjos; assentar-se-á no trono de Sua glória e julgará todas as nações.

(10) At 1:11; (1) Mt 25:31; (2) Mt 16:27

Art. 28º - Da Ressurreição para a Vida ou para a Condenação
Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e ressuscitarão(3); os mortos em Cristo ressurgirão primeiro(4); os crentes que neste tempo estiverem vivos serão mudados(5), e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor(6), os outros também ressuscitarão, mas para a condenação(7).


(3) Jo 5:25-29; (4) I Co 15:22,23;(5) I Co 15:51,52; (6) I Ts 4:16; (7) Jo 5:29.

terça-feira, 24 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

sábado, 30 de junho de 2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

sexta-feira, 15 de junho de 2012

sexta-feira, 23 de março de 2012

Êxodo 20:1-17 - "Qual é o teu Deus?"

Ex. 20:1-17
Deus pronunciou depois as seguintes palavras: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto, da terra da escravidão. Não tenhas outros deuses, além de mim. Não faças para ti imagens esculpidas representando o que há no céu, na terra e nas águas debaixo da terra. Não te inclines diante de nenhuma imagem, nem lhes prestes culto, porque eu, o Senhor, teu Deus, não tolero que tenham outros deuses e castigo a maldade daqueles que me ofendem até à terceira e à quarta geração dos seus descendentes. Mas trato com amor, até à milésima geração, aqueles que me amam e cumprem os meus mandamentos. Não faças mau uso do nome do Senhor, teu Deus, porque ele não deixará sem castigo os que fizerem mau uso do seu nome. Recorda-te do dia de sábado, para o consagrares ao Senhor. Podes trabalhar durante seis dias, para fazeres tudo o que precisares. Mas o sétimo dia é dia de descanso, consagrado ao Senhor, teu Deus. Nesse dia, não faças trabalho nenhum, nem tu nem os teus filhos nem os teus servos nem os teus animais nem o estrangeiro que viver na tua terra. Porque, durante os seis dias, o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles, mas descansou no sétimo dia. Por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e declarou que aquele dia era sagrado. Respeita o teu pai e a tua mãe, para que vivas muitos anos na terra, que o Senhor, teu Deus, te vai dar. Não mates. Não cometas adultério. Não roubes. Não faças uma acusação falsa contra ninguém. Não cobices a casa do teu semelhante: não cobices a sua mulher nem os seus escravos nem o seu gado nem os seus jumentos nem coisa nenhuma do que lhe pertence."


Pregação por Pastor Luís de Matos

segunda-feira, 12 de março de 2012

Génesis 9:8-17 - "Qual a promessa de Deus para a tua vida?"

Genesis 9:8-17
Deus disse a Noé e aos seus filhos: "Vou fazer um pacto de aliança convosco e com os vossos descendentes, que se estenderá a todos os seres vivos que estão convosco, aves, animais domésticos e selvagens, os que agora saíram da arca e todos os que existirem na terra. Hei-de manter sempre essa aliança convosco e mais nenhum ser vivo voltará a morrer pelas águas dum dilúvio. Pois não haverá mais nenhum dilúvio a destruir a terra." E Deus continuou: "Este será o sinal da aliança que eu vou estabelecer entre mim e vocês e todos os seres vivos que estão convosco, para todo o sempre. Hei-de colocar o meu arco-íris nas nuvens e esse será o sinal de aliança entre mim e a terra. Quando eu fizer aparecer nuvens sobre a terra e aparecer o arco-íris nas nuvens, será para me lembrar da aliança que fiz convosco e com todos os seres vivos que existem. E assim não haverá mais nenhum dilúvio a destruir os seres vivos. Quando o sinal aparecer nas nuvens, eu hei-de olhar para ele e hei-de recordar-me desta aliança eterna, que existe entre mim e todos os seres vivos, com tudo o que vive na terra." E Deus concluiu dizendo a Noé: "Este é o sinal da aliança que eu estabeleço com todos os seres vivos que existem na terra."


Pregação por pastor Luis de Matos

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Retiro de Jovens - Inscreve-te!!


A II Edição do Retiro de Carnaval para Jovens, da Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana), está marcada para os próximos
dias 18 a 21 de fevereiro, no CESDA de Aveiro.

O tema "Deus: máscara escondida, máscara revelada" vai ser tratado através da música. Alguns grupos de louvor, jovens, estarão presentes para dar o seu testemunho e louvar com os participantes!

O Retiro vai servir ainda para preparar o Concerto de Jovens da IEL que terá lugar em Maio, durante o mês da Evangelização. Vamos desafiar-vos a escrever uma música original e a filmar "clips" para outras músicas que farão parte do concerto e que serão projectadas durante o concerto.

O grande desafio é que o retiro é aberto a todos os jovens que se queiram inscrever. E, todos os inscritos são convidados a trazer um amigo ou uma amiga que não costuma ir à igreja!

Que este seja um bom testemunho!!

O preço do Retiro são 30 euros p/ pessoa, e cada participante é responsável pelas suas deslocações. As inscrições devem ser enviadas para alexandra.silva.matos@gmail.co ou pelo 91 976 91 98 ou 96 211 77 13.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Culto da Menor Moeda



No próximo domingo, às 11 horas, o Culto de Adoração será dedicado aos temas da paz, justiça e reconciliação; lemas da Fraternidade da Menor Moeda. Neste dia serão também recolhidas as menores moedas que foram convidados e convidadas a juntar ao longo do ano.

A Fraternidade da menor moeda ou The fellowship of the least coin foi criada pela missionária indiana Shanti Solomon e é um movimento ecuménico de oração para a paz, justiça e reconciliação. A sua inspiração foi a resposta à sua experiência pessoal.
Shanti Solomon, que viajava como parte de uma missão ecuménica de reconciliação entre as mulheres que viviam experiências de pós-guerra, foi impedida por uma questão de passaporte de poder ir evangelizar na Coreia. Ficando para trás, esperou e orou por inspiração. Ela sentiu o quanto as fronteiras dividiam os homens e como o fosso económico dividia crentes de diversos países; e percebeu que a oração transcendia fronteiras e estratos sociais. Então, imaginou o poder que teria por todo o mundo o facto de mulheres orarem umas pelas outras ao mesmo tempo que punham de lado a mais pequena moeda do seu país, como símbolo de entrega e sinceridade. Surgiu assim a fraternidade da menor moeda.
Domingo é a nossa vez de fazer parte deste movimento. Durante todo um ano, cada um de nós pôde orar pela paz, reconciliação e pela justiça no mundo e quando assim o fez juntou a menor moeda corrente do nosso país. A moeda da unidade num propósito de oração. Não importa qual a condição social de cada um, o que importa é que cada um pode contribuir com algo - A menor moeda é símbolo de igualdade e unidade.

O trabalho da Fraternidade pode ser acompanhado em http://www.flc.net.ph